domingo, 25 de setembro de 2011

Saiba tudo sobre Cactos

Substratos para cultivo de cactos

Os cactos desenvolvem-se em geral em solos arenosos, pedregosos e secos.
Para a reprodução de seu solo de origem deveremos usar substratos que não retenham água, como areia, cascalho, cascas de árvores decompostas e composto orgânico de folhagens junto com o solo mineral comum de cultivo.
Apreciam solo de pH mais alto do que a maioria das plantas ornamentais necessitam, em torno de 6 a 6,5, então devemos evitar a colocação de turfa, cujo pH é de 3-3,5, preferindo húmus de minhoca que tem pH em torno de 7,0.
As raízes dos cactos são superficiais e muito numerosas, mas o preparo do solo em profundidade de mais de 15 cm é necessário, para garantir uma boa drenagem de águas de chuva ou regas.
Para cultivo em vasos o fundo do recipiente deverá ser preparado com cacos de vasos brita ou manta geotêxtil ( manta de não tecido, usada para filtro de ar, coifas e ar condicionado) para evitar a compactação da terra no furo de drenagem, ocasionando encharcamentos.
Adicione um pouco de areia antes de colocar o substrato.
A mistura a ser colocada deve ter boa drenagem, alguma fertilidade e moderada capacidade de reter água.

Reprodução do cactos por sementes

Os frutos dos cactos contêm inúmeras sementes, quase sempre pretas.
Um único fruto de Cereus poderá produzir centenas de sementes viáveis.
cacto cereus peruvianus
Colhe-se o fruto e extrai-se a polpa, colocando em água para melhor retirar as sementes sem danificá-las.
Coar num pano, procurando dissolver a mucilagem que as envolve.
Lavar bem as sementes, o resíduo da mucilagem poderá ser berço para desenvolvimento de fungos.
Deixar secar no sol. Se algumas fibras ficaram aderidas às sementes, quando estiverem secas serão descartadas com facilidade.
Bandejas de semeadura podem ser adquiridas em lojas especializadas ou então use recipientes como bacias plásticas ou caixas de frutas forradas no fundo com furos para drenagem e encha com substrato feito de casca de arroz carbonizada, pó de coco ou substratos adquiridos no comércio.
Semear procurando distribuir as sementes, podendo cobrir com areia peneirada ou deixar sem cobertura nenhuma.
A germinação ocorre entre 30 e 45 dias para a maioria dos gêneros, mas o Opuntia poderá levar mais tempo.
A melhor época de semeadura para os cactos é no verão.
Evite regar a sementeira.
Se colocar a bandeja de cultivo dentro de outra com uma lâmina de água esta subirá por capilaridade não sendo necessário molhar.
Para que isto ocorra, a altura do substrato da sementeira deverá ser pequena.
Para uma mistura de pó de coco e areia, 5 até 6 cm, diminuindo para 4 se o substrato for areia pura.
Parece estranho manter esta umidade, mas as plântulas dos cactos não têm tecidos para armazenar água como nas plantas já desenvolvidas.
Não deixar a bandeja mergulhada na água, retirando após alguns minutos, evitando assim a proliferação de fungos.
Uma bandeja assim umedecida mas não encharcada poderá manter-se por muito tempo sem outras regas.
A observação da umidade do substrato, portanto, é fundamental.
Esta bandeja de sementes poderá ir para uma estufa ou para quem se inicia na prática, uma cobertura com plástico para manter a umidade.
Após a emergência das plântulas, retirar esta cobertura e manter a bandeja em local ventilado, mas à sombra.

ma coisa importante: não semear especies diferentes juntas e marcar o recipiente com o nome da planta.

 As plantas oriundas de sementes são mais rústicas e de melhor aclimatação.

Para quem for fazer a nível comercial deve saber que entre a semeadura e a comercialização poderá haver um tempo mais longo que a maioria das plantas ornamentais, o que gera um custo maior por planta, já que permanece mais tempo no viveiro. O tempo de ficar no substrato de semadura é de 3 a 4 semanas.
Após a quarta semana pode ser feita adubação de cobertura com adubo dissolvido em água numa fertirrigação, cuidando com a quantidade aplicada bem como a intensidade da rega, para não desplantar as frágeis mudinhas.
Após 4 a 5 meses poderá ser feito o transplante para vasos, que poderão ser grandes vasos de boca larga, tipo bacias para cultivo em comunidade.
Se a produção é feita em viveiro, não há o problema das chuvas pesadas que poderão danificar as plantas.
O jardineiro amador poderá providenciar uma tela fina, destas para mosquitos, para colocar sobre os vasos.
Para quem cultivar a nível comercial, as plantas ficarão neste tipo de recipiente até o segundo ano após a semeadura.
O gênero Cereus, no entanto, é de rápido crescimento e não acompanham estas indicações, sendo repassados para vasos em tempo bem menor.

Iluminação no cultivo dos cactos

Para ver as pequenas mudinhas crescerem, é preciso ir colocando na luz a cada dia mais.
No Brasil a exposição leste é a melhor, pois o sol ainda não está muito forte e assim inicia a aclimatação das plantas ao sol.
Quando estiverem crescidas, já envasadas ou em canteiros, a luz direta do sol é absolutamente necessária e poderão então ficar expostas ao sol o dia inteiro.

Rainha-da-noite

Rainha-da-noite (Hylocereus undatus)

Rainha-da-noite ou Flor-da-noite: o nome popular desta cactácea foi inspirado no comportamento das grandes flores brancas (alguns exemplares podem medir até 30 cm de diâmetro) que a planta produz - a flor do HYLOCEREUS UNDATUS tem hábitos noturnos, desabrocham ao anoitecer e ficam abertas até o nascer do sol.
Possui raízes aéreas das quais faz uso para fixar-se no solo ou em alguma superfície, além de serem utilizadas para a obtenção de nutrientes. Produz uma grande quantidade de ramos divididos em artículos. Só começa a florir após o terceiro ano e desde que cultivada em condições adequadas. A floração dura de finais da Primavera até princípios do Outono, sendo mais intensa em pleno Verão. As flores só desabrocham quando começa a anoitecer, permanecendo abertas até começar a nascer o sol.
Ficha da planta:
Nomes Populares: Rainha da noite; Flor-da-noite
Nome Científico: Hylocereus undatus
Origem: Provavelmente da Índia
Luminosidade: A planta necessita de luz solar plena
Temperatura: A rainha-da-noite não suporta locais muito frios, embora suporte até 13ºC, a faixa de temperatura ideal para o seu cultivo fica entre 18 a 32ºC.
Solo: A mistura de solo ideal é a de 1 parte de terra comum, 1 parte de composto orgânico e 2 partes de areia.
Regas: Deve-se evitar o excesso de água. Recomenda-se aguardar que o solo seque na superfície, antes de fazer outra rega.
Floração: do final da primavera ao início do outono.
Propagação: estacas de caule.
Dicas de cultivo: Recomenda-se replantar a rainha-da-noite a cada 2 ou 3 anos, dependendo do tamanho da planta.

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domingo, 11 de setembro de 2011

Trocando os vasos quando necessário

Existem inúmeras diferenças entre o cultivo de plantas num jardim e o cultivo de plantas em vasos, mas a principal delas é a necessidade do transplante no cultivo Existem inúmeras diferenças entre o cultivo de plantas num jardim e o cultivo de plantas em vasos, mas a principal delas é a necessidade do transplante no cultivo em vasos. Veja aqui, quando e como realizar esta tarefa. Aqui, quando e como realizar esta tarefa.

O cultivo de plantas em vasos nos permite ter dentro de casa as mais variadas espécies. É claro que para mantermos as plantas bonitas e saudáveis é preciso alguns cuidados especiais, principalmente com relação à luminosidade, temperatura, adubação e regas. Mas, existe também um outro fator fundamental, que muitas vezes é esquecido: o transplante.
No jardim, as raízes das plantas têm espaço e liberdade para crescer e podem buscar na terra toda a água e nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Mas nos vasos essa liberdade fica limitada. Com o tempo, mesmo com adubações regulares, a qualidade do solo fica prejudicada e o espaço para a expansão das raízes torna-se pequeno. Daí a necessidade do transplante.
Mas, como saber quando transplantar nossa plantinha? Alguns sinais podem indicar o momento certo. Eis alguns:

* raízes saindo pelos furos de drenagem;

* partes das raízes aparecendo na superfície da terra;

* o vaso começa a ficar pequeno em relação ao tamanho da planta;

* florescimento escasso ou inexistente;

* aparecimento de folhas muito pequenas ou defeituosas;

* raízes formando um bloco compacto e emaranhado.
Passo-a-passo, para não errar.
Para facilitar o trabalho com o transplante de plantas, faça tudo planejado, em etapas:
1 - No dia anterior ao transplante, de preferência à noite, comece os preparativos: regue todas a plantas que serão transplantadas, para facilitar a retirada do vaso. Limpe bem os vasos que serão utilizados. Se for utilizar vasos novos de cerâmica ou barro, mergulhe-os num tanque cheio de água até que parem de soltar bolhas. Isso ajuda a limpá-los bem e impedem que absorvam a umidade da mistura de terra que será colocada.
2 - Antes de iniciar o trabalho, escolha um local sombreado. Separe todas as plantas que necessitam de transplante e deixe todo o material necessário à mão (vasos, ferramentas, mistura de solo, cascalho para ajudar a drenagem, etc).
3 - Prepare a mistura de terra ideal para o replantio e reserve. Coloque cascalhos para drenagem no fundo do vaso, de forma que não obstruam totalmente o furo, prejudicando o escoamento do excesso de água.
4 - Coloque uma parte da mistura de solo no fundo do vaso e reserve.
5 - Agora é a hora de retirar a planta do vaso. A terra um pouco umedecida facilita o trabalho. No caso de haver muita compactação, afofe a terra superficialmente e passe uma faca de lâmina comprida entre o vaso e o torrão.
6 - Se a planta estiver num vaso pequeno, coloque a mão espalmada por baixo das folhas, cobrindo a superfície da terra e firmando as hastes entre os dedos. Vire o vaso para baixo e, para facilitar, bata-o levemente na beirada de uma mesa ou balcão. Normalmente, a planta sairá com facilidade, mas se isso não acontecer, evite puxá-la com força. Volte o vaso na posição inicial e tente soltar o torrão passando a faca novamente. Se houver nova resistência, quebre o vaso.
7 - Para retirar uma planta de um vaso grande, passe a lâmina de uma faca longa entre o torrão e o vaso. Deite o vaso na mesa e bata levemente com um pedaço de madeira nas laterais para soltar o torrão. Segure a planta com uma das mãos e vá virando o vaso lentamente, batendo devagar em toda a superfície. Quando perceber que o torrão está solto, puxe a planta delicadamente com o vaso ainda deitado.
8 - Com a mistura de solo já firmada no fundo do novo vaso, posicione o torrão da planta bem no centro. Na maioria dos casos, o topo do torrão deve ficar entre 2 e 5 cm abaixo da borda.
9 - Continue a colocar a mistura de solo, pressionando-a nas laterais para firmar bem a planta. Espalhe mais um pouco da mistura por cima e observe que a terra deve cobrir as raízes, sem encostar nas folhas inferiores. Para eliminar as bolhas de ar e acomodar a terra, bata o vaso levemente sobre a mesa e depois pressione a superfície com os dedos.
Mistura de solos para vasos e jardineiras
Mistura rica em matéria orgânica:

1 parte de terra comum de jardim
1 parte de terra vegetal
2 partes de composto orgânico
Ideal para plantas como: licuala ou palmeira-leque (Licuala grandis), camélia (Camellia japonica), cróton (Codiaeum variegatum), cica (Cycas revoluta), gardênia (Gardenia jasminoides), lantana (Lantana camara), planta-camarão amrelo (Pachystachys lutea), azaléia (Rhododendron xsimsii), flor-de-cera (Hoya carnosa), calceolária (Calceolaria herbeohybrida), petunia (Petunia x hybrida), calendula (Calendula officinalis), margarida (Chrysanthemum leucathemum).
Mistura argilosa:

2 partes de terra comum de jardim
2 partes de terra vegetal
1 parte de areia:
Ideal para plantas como: papiro (Cyperus papyrus), gladíolo ou palma-de-santa-rita (Gladiolus), narciso (Narcissus poeticus), bastão-do-imperador (Nicolaia elatior), prímula (Primula obconica), gloxínia (Sinningia speciosa), estrelitzia (Strelitzia reginae, copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), calla (Zantedeschia aethiopica ‘Calla’).
Mistura arenosa:
1 parte de terra comum de jardim
1 parte de terra vegetal
2 partes de areia

Ideal para plantas como: palmeira-bambu (Chamaedorea elegans), planta-camarão vermelho (Beloperene guttata), buxinho (Buxus sempervirens), caliandra ou esponjinha(Calliandra), bico-de-papagaio ou poinsétia (Euphorbia pulcherrima), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), hortênsia (Hidrangea macrophylla), ixora (Ixora chinensis), giesta ou vassoura espanhola (Spartium junceum), primavera (Bouganvillea spectabilis), lírio-da-paz (Spatiphylum wallisii), espada-de-são-jorge (Sanseveria trifasciata), lança-de-são-jorge (Sanseveria cylindrica), onze-horas (portulaca grandiflora).
Mistura areno-argilosa:

1 parte de terra comum de jardim
1 parte de terra vegetal
1 parte de composto orgânico
1 parte de areia

Ideal para plantas como: palmeira-rápis (Rhapis excelsa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias fruticosa), árvore-da-felicidade-fêmea (Polyscias guilfoylei), gerânio (Pelargonium sp.), gerânio pendente (Pelargonium peltatum).


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sábado, 10 de setembro de 2011

Cactus cabeça de frade

O Melocactus zehntneri

Melocactus zehntneri (Britton & Rose) Luetzelb.
Nomes Populares :
cabeça-de-frade, cacto melão
Família :
 Família Cactaceae
Origem:
 México.

Descrição:
Cacto de forma cilíndrica, com costelas bem acentuadas, com espinhos marrons numerosos, mas curtos e direitos.
À medida que cresce pode tomar a forma de uma pirâmide e na maturidade desenvolve uma cabeça no topo, chamada de cephalium, coberta de espinhos bem pequenos, delgados e vermelhos.
Entre os espinhos nascem pequenas flores rosadas ou vermelhas.

Modo de cultivo :
Local ensolarado e quente, pois é sensível ao frio.
Substrato de cultivo o solo mineral comum, com areia misturada para boa drenagem.
Colocar mulching de pedriscos pequenos ou brita de graduação fina.

Paisagismo:
Em vasos, como planta isolada ou em vasos de boca larga em conjunto com outros cactos ou mesmo suculentas, desde que tenham várias horas de sol diárias.
Para regiões de clima quente, poderá fazer parte do jardim de rochas, onde fará belo efeito


Imagens de Cabeça de Frade